Como agricultor e fornecedor, sei da capacidade que os chefs do Maní Manioca têm de transformar alimentos não convencionais em uma comida excepcional. É uma experiência totalmente diferente, pois você come e compreende o que se está comendo e o processo que levou aquela comida ao seu prato.
Vou dar um exemplo: fornecemos para a chef Helena Rizzo lírios do brejo, que são plantas cujas flores têm um cheiro maravilhoso. Com as flores ela fez um sorbet incrível e com a raiz da planta, um creme. Surgiu uma sobremesa única, inovadora.
Então eu criei com esse restaurante uma relação mútua de admiração, pois forneço produtos com que pouquíssimas pessoas vão saber o que fazer e eles nos ensinam como comer aquela iguaria que é legítima nossa, brasileira.
Quando vou comer lá, sou a feliz cobaia de novos sabores que eles apresentam para os clientes. Muito mais que acompanhar o movimento de "gourmetização", é uma prática de aproveitar a riqueza da nossa biodiversidade, itens que não são explorados.
O lugar é cheio de fotos, lambe-lambes, e tem um terraço bonito no fundo, com trepadeiras e mesas compridas. Os garçons e garçonetes se vestem de um jeito não convencional. Então, você está num lugar com uma gastronomia especial em um ambiente bem descontraído.